Capítulo 6: O Pensamento Científico Moderno e a Origem do Mundo |
TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO |
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Nessa teoria, a rotação da matéria nesses redemoinhos
produz uma separação das partículas de diferentes
tamanhos: as menores se concentram no centro dos turbilhões. Assim,
no centro de cada gigantesco redemoinho, forma-se um espaço redondo,
ocupado apenas pelo “primeiro elemento” – a matéria com as menores
partículas. Todas as partículas estão sempre se movendo,
e as menores são as que têm um movimento mais rápido.
Descartes compara esse primeiro elemento a um fogo, cujas partículas
estão permanentemente se movendo com grande velocidade.
Esse seria o processo de formação das estrelas. Cada grande turbilhão vai ocupar uma região semelhante ao nosso sistema solar, e no centro de cada um deles vai aparecer uma estrela, formada pelas menores partículas, as do primeiro elemento. O segundo elemento, que ocupa quase todo o volume do turbilhão, é descrito por Descartes como um tipo de líquido, pois suas partículas redondas escorregam com facilidade umas sobre as outras, sem resistência. O segundo elemento não é constituído por partículas todas iguais entre si. Existiriam esferas menores e outras maiores, em uma gradação contínua. As esferas menores ficariam mais próximas ao centro (ou seja, mais próximas da estrela central do turbilhão). Cada parte do turbilhão teria uma velocidade de rotação diferente. Descartes imagina que a região mais próxima do centro deve girar mais depressa, e que os círculos sucessivamente mais afastados do centro devem gastar um tempo maior para completar uma volta. Cada estrela estaria recebendo continuamente matéria do primeiro elemento através dos seus pólos, e espalhando essa matéria à sua volta. No meio dessa matéria recebida pelos pólos, haveria partículas maiores e irregulares. Elas poderiam se enganchar e prender-se umas às outras e formar partículas maiores, mais lentas. Ao invés de sair da estrela e espalhar-se pelo segundo elemento, elas ficariam presas à superfície da estrela, formando uma espécie de nata ou espuma. O lugar da superfície da estrela onde se formasse essa camada do terceiro elemento ficaria escuro e essa seria a causa das manchas solares. Essas manchas poderiam crescer ou diminuir, pela agitação contínua do primeiro elemento, que estaria o tempo todo colidindo contra essa camada do terceiro elemento, mas, ao mesmo tempo, estaria trazendo mais partículas irregulares para a superfície. Como as manchas estão na superfície do sol ou estrela, elas giram juntamente com a estrela – como se observa no caso das manchas solares. |
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CRONO LOGIA |