Então hão
havia nem o ser nem o não-ser;
não havia o domínio
do ar, nem o céu além dele.
O que estava recoberto? onde?
em que receptáculo?
Existia um abismo de águas
profundas?
Então não havia
morte, nem havia imortalidade;
nem havia distinção
entre dia e noite.
Aquele Um respirava sem vento,
por si próprio.
Nada diferente dele; o quê,
além dele?
Havia trevas ocultas em trevas,
tudo isso era um ondular indistinto.
Aquilo existia envolto no vazio;
pelo poder de seu ardor, aquilo
cresceu e se manifestou.
Nele surgiu primeiramente o desejo,
a semente primordial da mente.
A união do ser ao não-ser
foi descoberta pelos sábios
que refletiram sobre o que contemplaram
em seus corações.