Capítulo 12: Estudos e Dúvidas mais Recentes

O  UNIVERSO

TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO

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CAPÍTULO 12 - ESTUDOS E DÚVIDAS MAIS RECENTES


    12.1 DESCOBERTAS DAS ÚLTIMAS DÉCADAS

        Apesar de seus aspectos interessantes e positivos, a teoria do “Big Bang” não é a última palavra e não resolve todos os problemas. Quando se começa a realizar medidas e cálculos detalhados de diversos aspectos do universo, acontece a mesma coisa que já foi indicada com relação ao sistema solar: surgem coisas que não são explicadas, e as previsões não concordam com as observações.

        Da década de 1960 até 1990, houve vários desenvolvimentos importantes. Em 1963 foram descobertos os “quasares”, que ainda não são bem compreendidos; foi feito um levantamento muito mais completo e cuidadoso do universo, levando à descoberta de imensas estruturas que não estavam previstas por nenhuma teoria; foram feitos cálculos da densidade média do universo que não concordam com a teoria do “Big Bang”; e surgiram algumas outras pequenas descobertas incômodas, que serão descritas neste capítulo. Por outro lado, sob o ponto de vista teórico, além de tentativas de solucionar separadamente cada um desses pequenos problemas, surgiu em 1981 uma nova teoria que é considerada muito importante: a teoria do universo inflacionário, proposta por Alan Guth.

        Todos esses desenvolvimentos mais recentes são muito difíceis de avaliar, e podem sofrer grandes modificações nos próximos dez anos. Mas nosso estudo ficaria incompleto se não falássemos sobre esses tópicos mais novos e sobre muitas dúvidas que existem sobre as teorias cosmológicas.

    12.2 NOVOS FATOS: QUASARES E AGLOMERAÇÕES DE GALÁXIAS

        Os quasares são objetos astronômicos de um tipo especial: são parecidos com estrelas, mas não são estrelas. Receberam esse nome de “quasares” como abreviação de “quasi-stella optical object”, ou seja, “objeto óptico quase estelar”. Eles foram descobertos em 1963 por Maarten Schmidt. Ao telescópio, apresentam-se como pontos luminosos; mas a sua luz, quando analisada, é bem diferente da luz das estrelas.

        As estrelas apresentam uma luz que, decomposta por um prisma (ou rede de difração), apresenta todas as cores do espectro, com alguns riscos escuros, muito finos. Pelo contrário, a luz dos quasares, quando é decomposta, apresenta apenas algumas faixas luminosas muito finas, como se fosse um “negativo” do espectro das estrelas. Esse tipo de luz dos quasares é típico de gases muito quentes.

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