Capítulo 10: A Teoria da Relatividade e a Cosmologia Moderna |
TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO |
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Esse átomo seria instável, ou seja, radioativo, e iria se
quebrando, emitindo radiações e partículas de muitos
tipos. Esses pedaços constituiriam toda a matéria atualmente
conhecida. Lemaître chega a sugerir que dentro das estrelas poderiam
existir grandes porções radioativas desse átomo primitivo,
o que proporcionaria a energia que elas desprendem. Assim, as estrelas
seriam corpos que teriam se originado de uma fragmentação
e não de uma condensação. As galáxias teriam
se formado depois, pela reunião de uma “nuvem” de estrelas já
formadas – o contrário do que se supunha antes.
À medida que o super-átomo inicial fosse se quebrando, começaria a expansão do universo. Lemaître supôs que essa expansão obedeceria às leis da relatividade geral. 10.8 PROBLEMAS DA TEORIA DE LEMAÎTRE Havia, no entanto, um grave problema. Se o universo tivesse se expandido a partir de um estado muito concentrado, sua velocidade de expansão inicial deve ter sido maior do que a atual. A velocidade atual é conhecida, por isso pode-se calcular o tempo máximo que já poderia ter decorrido desde o início da expansão do universo. Supondo-se a velocidade constante, temos que o tempo seria dado pela distância dividida pela velocidade: No entanto, os cientistas são bastante espertos, e com algum trabalho conseguem “dar um jeito” e adaptar suas idéias de tal forma a ficarem aceitáveis. Como vimos, a teoria da relatividade geral permite uma grande variedade de modelos. Lemaître vai mudar a sua teoria. Ele continua a admitir que o universo começou como um super-átomo que se dividiu e expandiu. Mas supõe que, durante essa expansão, o universo já ultrapassou a densidade característica do modelo de Einstein – a densidade na qual a atração gravitacional é igual à repulsão cósmica. |
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CRONO LOGIA |