Capítulo 12: Estudos e Dúvidas mais Recentes |
TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO |
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Na teoria do universo inflacionário, esse raio da esfera de luz
é, inicialmente, muitíssimo maior do que o raio do universo,
ou seja: a expansão do universo é, inicialmente, “lenta”.
Assim, ocorre uma homogeneização de todo o universo. Depois,
no entanto, a expansão vai se acelerando (por isso o nome de “universo
inflacionário”), e há um instante no qual o raio do universo
se torna igual ao raio da esfera luminosa imaginária que descrevemos.
De acordo com a teoria, isso teria acontecido quando a idade do universo
era de apenas um decilhésimo de segundo:
0,000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.001 s (ou 10–33 segundos). A partir desse instante, o raio do universo se torna maior do que o raio da esfera de luz, e as diferentes partes mais distantes do universo param de se influenciar. Elas vão evoluir independentemente umas das outras, a partir desse instante; mas como, antes disso, o universo já era homogêneo, ele vai continuar homogêneo. A teoria do universo inflacionário utiliza não apenas a teoria da relatividade e a física nuclear – como a teoria do “Big Bang” – mas também outras teorias mais recentes, sobre a estrutura das partículas elementares e sobre as forças que existem entre elas. Ela parte de uma visão na qual todas as forças do universo – como a gravidade, a eletricidade, o magnetismo, as forças nucleares, etc. – são, no fundo, manifestações diferentes de uma só coisa. Essa “grande teoria unificada” tem tido bastante sucesso no estudo das partículas elementares, e foi por isso utilizada por Guth no estudo das primeiras fases do universo. Ele recua, assim ao estudo de etapas anteriores às que eram discutidas no modelo do “Big Bang”. O ponto de partida do universo inflacionário é um espaço-tempo sem matéria, mas no qual existe um tipo de força atrativa, ou seja, uma espécie de pressão negativa que preenche todo o espaço. Esse estado inicial é chamado de “falso vácuo”, pois é quase um espaço vazio, mas não é totalmente vazio, já que existe essa força. Pois bem: uma pressão negativa ou uma atração deveria, aparentemente, puxar todas as partes do universo umas para as outras, e diminuir seu tamanho. No entanto, pela relatividade geral, uma pressão negativa produz um efeito de expansão, e não de contração. A partir desse falso vácuo, pode surgir, por flutuações quânticas, uma pequena região na qual surgem e desaparecem partículas – aquilo que, na teoria quântica, é chamado de “vácuo verdadeiro”. Como existe a pressão negativa do falso vácuo, ela representa uma certa densidade de energia, que vai se converter em energia dessas partículas que surgem. A teoria prevê que a região de “vácuo verdadeiro” vai se expandir a uma velocidade próxima à da luz, transformando todo o falso vácuo à sua volta em um vácuo verdadeiro, povoado de partículas. Essa “fase inflacionária” pode ter durado até 10–32 s. |
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CRONO LOGIA |