Capítulo 1: A Origem do Universo na Mitologia e na Religião |
TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO |
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Ao compreender as coisas, a pessoa aprende os segredos que lhe permitem
atuar de forma mágica sobre o mundo. Conhecendo a origem da vida,
é possível curar os doentes. Conhecendo a origem do fogo,
é possível caminhar sobre ele ou segurar uma brasa na mão
sem se queimar. Mas não só isso: é possível
agir corretamente, sabendo seu papel no mundo; é possível
participar do drama cósmico, de acrdo com aquilo que foi estabelecido
pelos deuses na origem de tudo.
O ritual repete aquilo que os deuses fizeram no tempo primordial. Essa repetição é mais do que uma comemoração ou uma imitação. Ao repetir um ritual, a pessoa se identifica com o deus, e o tempo primordial é recriado. O ritual é poderoso porque ele é a repetição exata e válida daquilo que foi feito pelos deuses e que refaz e recria o momento primordial. Na nossa tradição, há um exemplo bem conhecido: a missa da Igreja Católica, na qual, durante a celebração, o sacerdote se torna Cristo, o vinho se torna o sangue e o pão se torna o corpo de Cristo. Participar do ritual e reviver o mito significa sair do tempo e do mundo profano, decadente, para retornar e reviver no mundo do tempo primordial. É uma experiência essencialmente religiosa. Com o passar do tempo, em muitas civilizações, houve um enfraquecimento do mito e da religião, surgindo em seu lugar o pensamento filosófico. Mas nem sempre a filosofia se desprendeu totalmente da religião e do mito. Muitas vezes, o pensamento filosófico é uma reflexão e desenvolvimento de mitos mais antigos. É isso que será estudado nos próximos capítulos. |
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CRONO LOGIA |