Capítulo 10: A Teoria da Relatividade e a Cosmologia Moderna |
TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO |
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O modo mais fácil de se pensar nesse tipo de espaço é
por comparação com a superfície de uma esfera. Nessa
superfície, uma “reta” prolongada sempre acaba retornando ao ponto
de partida. E pode-se, de um ponto qualquer da esfera, traçar “retas”
em qualquer direção. Mas há uma diferença importante.
A superfície esférica é encurvada em uma direção
determinada, em uma outra dimensão. O espaço tridimensional
não é encurvado para lado nenhum, e não é preciso
supor que exista uma outra dimensão na qual o espaço se encurve.
A noção de espaço curvo é totalmente independente
desse tipo de suposição. É um conceito matemático
abstrato, que só pode ser representado de modo imperfeito, pela
analogia da superfície de uma esfera.
Na teoria desenvolvida por Einstein, há uma relação
matemática simples entre a constante cosmológica Alguns pesquisadores continuaram a investigar as conseqüências da teoria, mais como um exercício matemático do que como uma tentativa de descrever a realidade. Um desses pesquisadores foi o matemático russo Alexander Friedmann. Em 1922, ele estudou modelos do universo que fossem homogêneos, mas sem impor a condição de que o universo fosse estático. Ele mostrou que havia várias possibilidade, de acordo com a relatividade geral. Podiam ser descritos modelos em que o universo começasse sem movimento nenhum, e depois começasse ou a se contrair (aumentando de densidade) ou a se dilatar (diminuindo de velocidade). Isso dependia, basicamente, da densidade e da pressão inicial do universo. Se fossem muito pequenas, a atração gravitacional não seria capaz de compensar a repulsão cósmica, e por isso haveria uma expansão. Se a densidade inicial do universo fosse muito alta, a atração gravitacional seria maior do que a repulsão cósmica e o universo iria se contrair. Em cada um dos dois casos, a contração ou expansão, uma vez iniciada, não deveria parar mais, ou seja: se o universo começasse a se contrair, ele deveria ir diminuindo de tamanho até virar um ponto; e se começasse a se dilatar, deveria aumentar de tamanho, com sua densidade tendendo a zero e seu raio tendendo a infinito. |
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CRONO LOGIA |