Capítulo 5: O Pensamento Medieval e o Renascentista

O  UNIVERSO

TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO

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Assim Deus tomou, puxou e separou todas as Suas criaturas de uma só massa material... Ele selecionou aquilo que pertencia às estrelas e formou as estrelas; das trevas Ele tomou aquilo que pertencia à luz e a fez luz; e de modo semelhante com cada coisa, de acordo com sua natureza e seu lugar próprio. 
        Como se vê, esse pensamento simbólico que se desenvolveu durante o Renascimento e permaneceu no início da Idade Moderna, não adiciona nada que possa ser considerado um avanço científico ou filosófico. Parece que se torna mais importante sentir o universo, unificar-se ao espaço celeste, do que pensar sobre ele. Mas pode-se considerar que esse movimento talvez estivesse tentando recuperar algo que havia sido perdido.

        Pelos antigos mitos e rituais, o homem estava unido ao universo e podia retornar ao tempo primordial, revivendo o início da criação. Com o desenvolvimento da filosofia, esse aspecto vital dos mitos foi abandonado. A religião cristã também não preencheu essa necessidade, pois a natureza e o universo não possuem nenhum papel importante nela. O homem, a sociedade e a vida moral é que são os pontos importantes do cristianismo. Assim, a doutrina da identidade entre o homem e o universo veio preencher uma lacuna, e dar ao homem uma nova possibilidade de vivenciar, de sentir, de conviver com toda a natureza e o universo, de um modo quase mítico.

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