Capítulo 12: Estudos e Dúvidas mais Recentes

O  UNIVERSO

TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO

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       Discutiu-se durante muito tempo se os quasares seriam objetos da nossa galáxia, ou de fora dela. Atualmente, a visão mais aceita é de que eles estão todos muito distantes, fora da nossa galáxia. Eles irradiam uma quantidade enorme de luz – talvez até cem vezes mais do que todas as estrelas da Via Láctea, juntas. No entanto, não são muito grandes: seu de tamanho deve ser dez mil vezes menor do que uma galáxia. Pode ser que eles representem núcleos extremamente brilhantes de galáxias distantes.
 

Imagem do quasar 3C273, feita pelo satélite HEAO-2.
        Os quasares podem apresentar grandes “desvios para o vermelho” de sua luz. Se interpretarmos esses “desvios para o vermelho” como devidos à velocidade com a qual os quasares se afastam de nós, concluiremos que alguns estão se movendo com uma velocidade de 90% da velocidade da luz. Em geral, supõe-se que eles são galáxias com núcleos muito brilhantes, e se aplica a eles a lei de Hubble, para determinar suas distâncias. Mas a natureza dos quasares ainda não está totalmente clara.

        Outro aspecto do universo que era desconhecido até pouco tempo atrás é a existência de grandes estruturas formadas por galáxias. Desde 1930, imaginava-se que as maiores estruturas do universo

eram as galáxias ou pequenos grupos de galáxias próximas umas das outras. Essas galáxias ou grupos de galáxias pareciam estar espalhadas por todo o espaço, em todas as direções, ao acaso. Ou seja: o universo parecia ser homogêneo, em grande escala. Desde o surgimento da teoria do “Big Bang”, a maior preocupação era explicar o surgimento das próprias galáxias, o que já era muito difícil, como foi indicado no capítulo anterior. Ninguém imaginava que existissem estruturas imensas, reunindo milhões e milhões da galáxias. Mas elas foram descobertas na década de 1980.

        Quando se fez um cuidadoso mapa tridimensional da distribuição das galáxias por todo o espaço que nos cerca, descobriu-se que existem enormes “buracos”, onde há poucas galáxias, cercados por regiões normais, povoadas por galáxias. É como se o universo fosse um queijo suíço, ou mesmo como uma esponja, cheia de buracos. O tamanho desses “buracos” varia entre 50 e 150 milhões de anos-luz.

        Nenhuma teoria cosmológica havia previsto esse tipo de “buracos”. Os cientistas logo procuraram explicá-los, de diversas formas; mas o próprio fato de que nenhuma teoria havia previsto sua existência já indica que qualquer explicação acaba sendo um “jeitinho” de salvar as teorias antigas.

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