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A coleção Scientiarum
Historia et Theoria, lançada em outubro de 2007, inicia-se
com a publicação de três volumes, todos eles contando
com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP). Mais informações sobre
cada uma das obras podem ser obtidas clicando as figuras das respectivas
capas.
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Coordenador da coleção
Roberto de Andrade Martins é físico, com doutorado em lógica e filosofia da ciência. Dedica-se principalmente à pesquisa em história da física. É professor do Instituto de Física "Gleb Wataghin" da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Conselho Editorial
Aldo Mellender de Araújo é biólogo, com pós-graduação em Genética. Além de se dedicar a essa área, pesquisa a história da biologia. É professor do Instituto de Biologia e coordenador do Grupo Interdisciplinar de Filosofia e História das Ciências (GIFHC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Anna Carolina Krebs Pereira Regner é filósofa. Fez mestrado em filosofia e doutorado em educação, com uma tese sobre a Origem das espécies de Darwin. Dedica-se à filosofia e história da ciência. Foi professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente é professora da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos).
Cibelle Celestino Silva é física. Fez mestrado e doutorado em física na Universidade Estadual de Campinas, nos quais desenvolveu teses de natureza histórica. Dedica-se principalmente à pesquisa em história da física e educação. É professora do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos.
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira é graduada em física, com mestrado em História da Ciência e doutorado em Filosofia, com estágios de pós-doutoramento em história das ciências. É professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Lilian Al-Chueyr Pereira Martins é historiadora natural. Fez mestrado e doutorado em genética, com teses sobre história da biologia, que é sua principal área de pesquisa. É professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Ubiratan D’Ambrosio é matemático, tendo desenvolvido sua graduação e doutorado na USP. Dedica-se principalmente à pesquisa da história da matemática e à etnomatemática, que ajudou a criar. Foi professor da Universidade Estadual de Campinas e atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Os três primeiros volumes da coleção Scientiarum Historia et Theoria, publicada pelo Grupo de História e Teoria da Ciência (GHTC) da Unicamp, foram publicados com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), através da editora Booklink.
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O símbolo do Grupo
de História, Teoria e Ensino de Ciências, que foi aproveitado para
a coleção Scientiarum Historia et Theoria, é
a famosa gravura de um rinoceronte, feita por Albrecht Dürer (1471-1528),
em 1515. A história desse desenho é instrutiva. No início
do século XVI o rei Dom Manuel I de Portugal mandou trazer para
Lisboa um rinoceronte e dois elefantes. O rinoceronte foi depois enviado
como presente ao Papa, mas o navio que o levava naufragou antes de chegar
a Roma. Como a maioria dos europeus da época, Dürer jamais
viu esse ou outro rinoceronte em sua vida. Baseando-se no entanto em um
desenho português e em descrições de que dispunha,
criou uma bela figura realística, que foi reproduzida durante dois
séculos como se fosse uma representação correta desse
animal. No entanto, o rinoceronte do artista apresenta aspectos falsos.
Os verdadeiros rinocerontes não possuem escamas nas patas, não
possuem os cascos representados por Dürer, não têm o
corpo recoberto por uma couraça dura, nem possuem o pequeno chifre
que aparece nas costas da famosa gravura. No entanto, o desenho era tão
convincente que ninguém suspeitou que fosse uma representação
inadequada do animal. Ver
mais detalhes.
Esse episódio transmite uma mensagem importante: por mais convincente que possa ser uma descrição, nunca confie nela, pois pode ser equivocada; procure, sempre, conferir com original. Esta é uma lição especialmente útil para os historiadores da ciência, que nunca devem aceitar cegamente aquilo que um outro historiador escreve. É sempre necessário examinar o original (os documentos históricos). |
Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências – UNICAMP Coleção: Scientiarum Historia et Theoria |