Coleção de livros:
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Scientiarum Historia et Theoria
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Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências, Unicamp
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A coleção de livros Scientiarum Historia et Theoria publica estudos sobre história e filosofia das ciências. É uma iniciativa do Grupo de História e Teoria da Ciência (GHTC), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a Booklink Publicações Ltda.
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A coleção é coordenada por Roberto de Andrade Martins (GHTC, Unicamp) e conta com o seguinte Conselho Editorial: Aldo Mellender de Araújo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS); Anna Carolina Krebs Pereira Regner (Universidade do Vale dos Sinos, Unisinos); Cibelle Celestino Silva (Universidade de São Paulo, USP); Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN); Lilian Al-Chueyr Pereira Martins (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP); e Ubiratan D’Ambrosio (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP).
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A coleção publicará tanto livros de autoria única (monográficos) quanto coletâneas. Além de obras escritas por pesquisadores experientes, podem ser publicadas teses ou dissertações defendidas em programas de pós-graduação, que tenham valor excepcional. A coleção está também aberta à publicação de traduções comentadas de textos científicos antigos.

A coleção Scientiarum Historia et Theoria, lançada em outubro de 2007, inicia-se com a publicação de três volumes, todos eles contando com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Mais informações sobre cada uma das obras podem ser obtidas clicando as figuras das respectivas capas.
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MARTINS, Lilian Al-Chueyr Pereira Martins. A teoria da progressão dos animais, de Lamarck. Rio de Janeiro: Booklink; São Paulo, FAPESP; Campinas, GHTC, 2007. (Scientiarum Historia et Theoria, vol. 1)

xii, 452 páginas. 

ISBN: 978-85-7729-032-1

COSTA, Adalgisa Botelho da. O "Reportório dos Tempos" de André do Avelar. A astrologia em Portugal no século XVI. Rio de Janeiro: Booklink; São Paulo, FAPESP; Campinas, GHTC, 2007. (Scientiarum Historia et Theoria, vol. 2)

x, 168 páginas

ISBN: 978-85-7729-033-8

MARTINS, Roberto de Andrade. Os "raios N" de René Blondlot: uma anomalia na história da física. Rio de Janeiro: Booklink; São Paulo, FAPESP; Campinas, GHTC, 2007. (Scientiarum Historia et Theoria, vol. 3)

vi, 272 páginas

ISBN: 978-85-7729-034-5

Coordenador da coleção

Roberto de Andrade Martins é físico, com doutorado em lógica e filosofia da ciência. Dedica-se principalmente à pesquisa em história da física. É professor do Instituto de Física "Gleb Wataghin" da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Conselho Editorial

Aldo Mellender de Araújo é biólogo, com pós-graduação em Genética. Além de se dedicar a essa área, pesquisa a história da biologia. É professor do Instituto de Biologia e coordenador do Grupo Interdisciplinar de Filosofia e História das Ciências (GIFHC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Anna Carolina Krebs Pereira Regner é filósofa. Fez mestrado em filosofia e doutorado em educação, com uma tese sobre a Origem das espécies de Darwin. Dedica-se à filosofia e história da ciência. Foi professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente é professora da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos).

Cibelle Celestino Silva é física. Fez mestrado e doutorado em física na Universidade Estadual de Campinas, nos quais desenvolveu teses de natureza histórica. Dedica-se principalmente à pesquisa em história da física e educação. É professora do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos.

Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira é graduada em física, com mestrado em História da Ciência e doutorado em Filosofia, com estágios de pós-doutoramento em história das ciências. É professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Lilian Al-Chueyr Pereira Martins é historiadora natural. Fez mestrado e doutorado em genética, com teses sobre história da biologia, que é sua principal área de pesquisa. É professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ubiratan D’Ambrosio é matemático, tendo desenvolvido sua graduação e doutorado na USP. Dedica-se principalmente à pesquisa da história da matemática e à etnomatemática, que ajudou a criar. Foi professor da Universidade Estadual de Campinas e atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Os três primeiros volumes da coleção Scientiarum Historia et Theoria, publicada pelo Grupo de História e Teoria da Ciência (GHTC) da Unicamp, foram publicados com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), através da editora Booklink.


O símbolo do Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências, que foi aproveitado para a coleção Scientiarum Historia et Theoria, é a famosa gravura de um rinoceronte, feita por Albrecht Dürer (1471-1528), em 1515. A história desse desenho é instrutiva. No início do século XVI o rei Dom Manuel I de Portugal mandou trazer para Lisboa um rinoceronte e dois elefantes. O rinoceronte foi depois enviado como presente ao Papa, mas o navio que o levava naufragou antes de chegar a Roma. Como a maioria dos europeus da época, Dürer jamais viu esse ou outro rinoceronte em sua vida. Baseando-se no entanto em um desenho português e em descrições de que dispunha, criou uma bela figura realística, que foi reproduzida durante dois séculos como se fosse uma representação correta desse animal. No entanto, o rinoceronte do artista apresenta aspectos falsos. Os verdadeiros rinocerontes não possuem escamas nas patas, não possuem os cascos representados por Dürer, não têm o corpo recoberto por uma couraça dura, nem possuem o pequeno chifre que aparece nas costas da famosa gravura. No entanto, o desenho era tão convincente que ninguém suspeitou que fosse uma representação inadequada do animal. Ver mais detalhes.

Esse episódio transmite uma mensagem importante: por mais convincente que possa ser uma descrição, nunca confie nela, pois pode ser equivocada; procure, sempre, conferir com original. Esta é uma lição especialmente útil para os historiadores da ciência, que nunca devem aceitar cegamente aquilo que um outro historiador escreve. É sempre necessário examinar o original (os documentos históricos). 


Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências – UNICAMP

Coleção: Scientiarum Historia et Theoria