Capítulo 5:O Período Medieval |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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Apesar de teriagas milagrosas como essa, de nada adiantou a fértil
imaginação dos médicos, diante da peste. A destruição
foi imensa.
Esta e outras pestes tiveram enorme efeito sobre o povo, que passou a viver
temendo pela próxima epidemia mortal. O desconhecimento das causas
das doenças levava a todo tipo de especulação. Nesse
período, a astrologia médica fez grande sucesso; a religião
utilizou as pestes para lembrar aos pecadores que deviam temer a Deus;
e ressurgiram com muita força as crenças em poderes mágicos
ou diabólicos como causadores de enfermidades.
BRUXARIA, ASTROLOGIA E DOENÇAS Durante a Idade Média e no Renascimento, a crença nos poderes mágicos ou demoníacos como causa de enfermidades se torna muito forte. Foi especialmente durante a Inquisição, com a caça às bruxas, que se tornou claro como essas crenças eram fortes e difundidas. Um dos mais importantes documentos sobre o assunto é o "Malleus maleficarum" (o martelo das malditas, ou das feiticeiras). Esse livro, escrito em 1484, foi um manual escrito pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger - dois dominicanos, professores de teologia. Parece ter sido o trabalho mais utilizado pelos inquisidores de toda a Europa, que o empregavam como orientação para interrogar e julgar as feiticeiras. Apesar de escrita em uma época em que a cultura européia já estava bem mais desenvolvida, essa obra mostra antigas idéias sobre o poder da magia. Os autores do "Malleus maleficarum", Kramer e Sprenger, receberam para seu trabalho amplos poderes do papa Inocêncio VII. Ao incumbi-los de sua missão inquisitorial, o papa escreve em uma bula de 9 de dezembro de 1484: (...) Chegou-nos recentemente aos ouvidos, não sem que nos afligíssimos na mais profunda amargura, que em certas regiões da Alemanha do Norte (...), muitas pessoas de ambos os sexos, a negligenciar a própria salvação e a desgarrarem-se da Fé Católica, entregaram-se a demônios, a Íncubos e a Súcubos , e pelos seus |
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CRONO LOGIA |