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Guiados por seu bom senso, os romanos deram grande importância a
cuidados sanitários e de higiene. Havia um sistema de esgotos na
cidade de Roma que não foi ultrapassado por qualquer sistema semelhante
no mundo todo, até o século XIX . Os esgotos eram levados
em condutos subterrâneos até um local, a cloaca maxima, onde
eram lançados no rio Tibre. Além de privadas nas casas, havia
sanitários públicos, alguns deles muito luxuosos, todos equipados
com água corrente. As casas mais ricas eram providas de banheiras;
além disso, existiam muitos balneários públicos, como
os banhos de Caracalla, capazes de acomodar mil e seiscentas pessoas de
cada vez, ou os de Diocleciano, com três mil quartos de banho. Isso
mostra que o asseio era uma prática generalizada, em Roma.
Esta gravura do século XV ilustra uma suspeita já levantada
pelos antigos romanos: a possível influência das moscas na
transmissão de doenças.
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Para proporcionar água destinada ao consumo e à limpeza,
a cidade de Roma era provida de 14 grandes aquedutos que traziam água
de fontes distantes através de condutos subterrâneos ou suspensos.
No início da era cristã, eles proporcionavam à cidade
cerca de 200 milhões de litros de água por dia. Os romanos
implantavam também sistemas de água e esgoto nas principais
regiões que conquistavam. Existe um aqueduto em Nîmes, na
França, que é utilizado até hoje, dois mil anos depois
de sua construção.
Conhecemos muitos detalhes sobre os aquedutos romanos graças à
descrição feita pelo engenheiro Sextus Julius Frontinus (século
I da era cristã). Ele conta que desde a fundação de
Roma até o ano 441 do calendário romano (312 antes da era
cristã), os romanos se contentavam em utilizar a água do
rio Tibre, de poços e fontes. Em 312 A. C. foi construído
o primeiro aqueduto, chamado "Apia", totalmente subterrâneo, com
extensão de 11.190 passos (cerca de 10 km). Quarenta anos depois
foi construído o segundo aqueduto subterrâneo, com 40 km de
extensão, chamado "Anio velho". Aos poucos foram sendo contruídos
outros condutos subterrâneos ou suspensos sobre arcadas, trazendo
água de distâncias superiores a 50 km. O "novo Anio" tinha
2.000 metros de condutos suspensos, chegando à altura de 30 metros
(igual à de um prédio de dez andares). Foram obras fantásticas
de engenharia, para a época. |
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