|
Para verificar se a infecção do campo era produzida pelos
carrapatos, como se supunha, Smith escolheu um outro campo isolado, no
qual não haviam ainda sido colocados animais doentes. Espalhou pelo
solo alguns milhares de carrapatos coletados de gado da região onde
havia a doença. Nesse campo, no dia seguinte, foram colocadas quatro
cabeças de gado sadias. Três contraíram a doença.
Isso foi uma forte indicação de que a doença era transmitida
pelos carrapatos.
Por fim, em outro experimento, foram colocadas vacas da região doente
em um campo, depois de se retirarem dessas vacas todos os carrapatos. Depois
de algum tempo, essas vacas foram retiradas. O gado sadio que foi colocado
depois no mesmo campo não ficou doente. Isso indicava que não
eram os excrementos do gado doente, a água, o solo ou o capim que
transmitiam a doença.
No ano seguinte, após o inverno, não foram observados carrapatos
no campo infectado. Colocando-se 5 cabeças de gado nesse campo,
nenhuma delas ficou doente.
Juan Carlos Finlay y de Barres.
|
Em toda a série de experimentos, observou-se que bastava a presença
de carrapatos provenientes de animais doentes para produzir a doença
em animais sadios e que não bastava a presença de animais
doentes para produzir a doença. Portanto, ela não era transmitida
diretamente por contato, nem pelos excrementos, mas apenas pelo inseto.
Uma vez conhecida a causa e o modo de transmissão de uma doença,
torna-se possível uma prevenção bem fundamentada.
Com o conhecimento de que a febre do Texas era transmitida pelos carrapatos,
foi possível o controle da mesma.
A febre amarela foi a primeira doença humana para a qual se detectou
um inseto transmissor. Esses estudos foram publicados em 1884 pelo médico
cubano Juan Carlos Finlay y de Barres (1833-1915), embora só fossem
confirmados e aceitos vinte anos depois. |
|
|