Capítulo 11: Aperfeiçoamento e Dificuldades da Teoria Microbiana |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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Em 1870, houve no Caraça 71 casos de inchação simples;
em 1872, três casos de paralisia; em 1873, dos 230 alunos, 45 foram
afetados, 12 sob forma paralítica, com 2 mortes. Quando os estudantes
eram levados para outro local, a doença era curada. Nessa época,
uma comissão médica atribuiu a doença à grande
umidade do ar, à aglomeração de alunos e à
alimentação pelo arroz (comparando com o ergotismo).
Em um seminário em Diamantina, às vezes 20% dos estudantes eram acometidos pelo beriberi. Nenhum professor sofria da enfermidade, nesses lugares. Provavelmente suas alimentações eram diferentes. Em navios, a doença começou a aparecer cada vez mais freqüentemente. Em 1875, houve 19 casos na Bahia; em 1876, 39 casos. Em 1883, a corveta "Niterói", indo para a Bahia, teve 111 doentes de beribéri. Um caso famoso dessa época ocorreu quando a Marinha brasileira resolveu realizar uma grande viagem de circunavegação da Terra, na corveta "Vital de Oliveira". A viagem durou do fim de 1879 até o início de 1881, havendo grave ocorrência de beribéri. Na época, o médico Pacífico Pereira afirmou: (...) tudo vem corroborar a convicção a que tenho chegado pela observação clínica e pelos meios analíticos e experimentais, de que o beribéri é devido a uma anoxemia determinada por condições climatológicas freqüentes em muitos pontos das regiões intertropicais, especialmente pela ação prolongada de uma temperatura elevada e de excessiva umidade atmosférica, e tendo ainda por auxiliares quaisquer causas que diminuam a oxigenação do sangue, deprimindo a escala das combustões fisiológicas nos diferentes tecidos do organismo.A solução de tal problema se daria pela higiene dos navios, melhor ventilação, reduzir a umidade, maior asseio pessoal, diminuir o número de pessoas no navio, etc. |
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CRONO LOGIA |