Capítulo 6: Do Período das Grandes Descobertas ao Século XVIII |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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A formação básica de Paracelso era alquímica
- a química da época. Familiarizado com muitas substâncias
que não eram utilizadas pelos médicos, ele as introduziu
em seus tratamentos. Foi por sua influência que se começou
a utilizar chumbo, enxofre, ferro, arsênico, sulfato de cobre e sulfato
de potássio, dando início a uma farmacopéia mais baseada
em minerais do que em substâncias orgânicas.
Paracelso interessou-se pouco pela anatomia, que florescia na época. O corpo humano, para ele, era um tipo de laboratório alquímico, regido por um princípio vital misterioso, ao qual deu o nome de Archeus. Esse princípio, localizado na região do estômago, dirigia o processamento dos alimentos, separando a parte boa para o organismo da parte maléfica. Esse mesmo princípio eliminava as substâncias já utilizadas pelo organismo, através das excreções. Quando ocorria alguma perturbação do Archeus, a separação não era bem feita e o corpo podia se envenenar, ou começar a acumular "tártaro" - o resíduo dos processos orgânicos. Isso seria uma das mais importantes causas das enfermidades. A ênfase na utilização da alquimia na medicina faz de Paracelso o iniciador de uma corrente que, depois, foi chamada de "iatroquímica" - a medicina química. Outro pensador médico pouco posterior, que pode ser enquadrado na linhagem de Paracelso, foi Jan Baptista Van Helmont (1577-1644). Como outras pessoas da época, Van Helmont se decepcionou com a medicina que era praticada e procurou novos caminhos. Aos 24 anos, antes de se tornar um famoso médico e alquimista, Van Helmont contraiu sarna e procurou a ajuda de dois famosos médicos. Os médicos, como era usual na época, seguiam a corrente humoral e, como o próprio Van Helmont conta, logo afirmaram conhecer a causa do problema: |
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CRONO LOGIA |