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Os experimentos foram realizados perto de Havana, em uma fazenda de jesuítas,
onde os novos padres se "aclimatavam", ao chegar em Cuba.
Finlay coletou inicialmente vários dos mosquitos que eram suspeitos
de atuar como vetores. Para isso, ele esperava que surgissem tais insetos
e que picassem uma pessoa (às vezes, ele próprio). Dava preferência
a mosquitos jovens, "que aparentemente nunca tivessem picado alguém"
. O inseto era aprisionado em um tubo de vidro, que era tampado com algodão.
Quando o tubo era destampado, invertido e colocado sobre o braço
de uma pessoa, o mosquito imediatamente o picava, e ficava sugando o sangue
de 1 a 5 minutos. O tubo era tampado novamente. O mosquito demorava 2 ou
3 dias a digerir o sangue e só então picava novamente.
No dia 13 de agosto de 1883, Finlay fez um desses mosquitos picar um jovem
que estava no sexto dia de febre amarela, em um hospital de Cuba. No dia
15, o mesmo mosquito foi levado a picar uma outra pessoa que estava no
sexto dia da febre amarela e que morreu 3 dias depois. Transportado para
a fazenda dos jesuítas, no dia 17 de agosto, o mesmo mosquito é
levado a picar o padre P. U., como experimento. |
O cubano Carlos Finlay diante de pesquisadores norte-americanos, aplicando
um tubo de vidro com mosquitos transmissores da febre amarela no braço
de um voluntário.
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No dia 24 de agosto, o padre caiu doente. Depois de 8 dias de doença,
descritas detalhadamente por Finlay, ele se recuperou.
Finlay repetiu o mesmo tipo de teste com outros enfermos e novas pessoas
sadias. Houve casos em que não houve transmissão da doença.
Finlay acabou por descobrir que era necessário que o doente estivesse
em certa fase da doença (entre o terceiro e o sexto dia) e que houvesse
um intervalo de tempo entre o contado do mosquito com o doente e a picada
da pessoa sadia. Para obter com segurança a transmissão,
era necessário utilizar vários mosquitos ao mesmo tempo. |
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