Capítulo 9: O Processo de Transmissão das Doenças

CONTÁGIO

HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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         Por isso, ele sugere que os doentes podem transportar a enfermidade.

         Bonjean cita os estudos ingleses e recomenda evitar fazer uso da água que possa ter sido contaminada, mesmo ligeiramente, pela mistura de matérias excrementícias. "Também há perigo em respirar os eflúvios de mesma natureza".

Essa opinião, que as diarréia são contagiosas por seu odor e podem dar o cólera ao homem são, foi emitida em 1865 e recebida sem contestação na Academia de Ciências e na Academia de Medicina de Paris.

Os dejetos dos doentes não são imediatamente perigosos, e as roupas que são impregnadas por eles só se tornam [perigosas] depois de alguns dias de fermentação do miasma contagioso.

Admite-se portanto de modo geral, hoje, tanto na França quanto no estangeiro, que as matérias fecais e dos vômitos possuem a propriedade de transmitir a doença por meio da absorção, sendo incontestavelmente o miasma colérico de natureza volátil.

         O hálito dos coléricos é descrito como sendo uma das fontes de transmissão da enfermidade.

         Bonjean, como outros autores da época, dá grande importância a fatores que aumentam ou diminuem a tendência a contrair a doença. A bebida e os excessos lhe parecem ter uma influência maior do que a miséria e a falta de higiene. Há também diferenças individuais, que predispõem ou protegem contra a enfermidade:

Disposições pessoais. "De início, as doenças, mesmo contagiosas, não o são necessariamente. Felizmente, para muitas delas, e das mais temíveis, são necessárias condições de iminência que se encontra nos indivíduos cujo organismo é geralmente pobre, e nos quais os miasmas coléricos possuem muito mais ação do que nas pessoas que desfrutam em geral de uma boa constituição. Há disposições individuais que não poderíamos precisar, compreendidas sob o nome de idiossincrasia, e que pelo contrário possuem uma influência indubitável.
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