Capítulo 8: Miasmas ou Microorganismos?

CONTÁGIO

HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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No século XIX era comum o acúmulo de sujeira em frente às fábricas, como vemos na gravura acima.

         É durante o século XIX que se chega à compreensão da natureza das enfermidades transmissíveis. Mas o início do século não era muito promissor, sob o ponto de vista médico. Havia grande confusão sobre as doenças que consideramos transmissíveis: discute-se até se existem de fato enfermidades contagiosas ou não.

         O conceito básico de contágio era o de transmissão de uma doença de uma pessoa para outra. Normalmente, no início do século XIX, associava-se o contágio a um virus ou veneno. Como vimos, Fracastoro admitia o contágio pelo contato direto, pelo ar e através de objetos materiais (roupas, móveis, etc.) que servissem de intermediários. Não se imaginava até o início do século XIX que pudesse haver transmissão de enfermidades pela água, nem com o intermédio de seres vivos. A inoculação era uma transmissão artificial de doença que não era considerada um contágio, propriamente dito.

         A noção de infecção era mais ampla do que a de contágio. Quando se falava sobre lugares com ar infectado, isso significava que o ar era maléfico para a saúde, seja por que motivo fosse: por conter gases como o dióxido de carbono, por conter miasmas de substâncias podres, ou por conter o "virus" de pessoas doentes.

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