Capítulo 7: A Varíola e a Descoberta da Vacinação |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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As vantagens
do processo descoberto por Jenner eram muitas. Em primeiro lugar, os efeitos
secundários e o risco da vacinação eram menores: apenas
3 mortes em 160.000 pessoas vacinadas, contra 1 morte em cada 500 pessoas
às quais se tinha aplicado a variolação. Em segundo
lugar, verificou-se que a doença das vacas apenas se transmitia
pelo contato, nunca pela proximidade ou pelo ar. Por isso, as pessoas que
eram inoculadas com a varíola das vacas não se tornavam perigosas
para as demais. Pelo contrário, a varíola humana podia se
transmitir sem contado físico direto (pelo ar) e por isso as pessoas
que adquiriam a varíola humana artificial se tornavam perigosas
para as outras.
Com a prática da vacinação, a mortalidade pela varíola começa a ser reduzida, durante o século XIX.
É verdade que, aos poucos, foram surgindo problemas. Em 1818 surgiu uma violenta epidemia de varíola na Inglaterra e no continente europeu. Atingiu e matou muitas pessoas que tinham sido inoculadas antes com varíola e com cow-pox. Isso mostrava que nenhum dos métodos proporcionava uma segurança total. Em 1826-7 houve epidemia de varíola na França; em 1827, na parte norte da Itália. Muitos vacinados foram novamente atacados pela varíola. A partir de então, começou na Prússia a prática da "revacinação": repetir a vacinação, com o objetivo de proteger mais as pessoas. Não havia nenhuma base teórica para essa repetição, mas aparentemente o novo método deu resultado. Na Prússia, durante uma epidemia, ocorreu apenas um caso de varíola, em 5 anos, entre 14.384 soldados revacinados, e apenas três casos entre 26.864 civis revacinados. |
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CRONO LOGIA |