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Na metade do século XIX, o estudo da propagação de ondas em um meio elástico (por exemplo, a propagação do som no ar ou outro meio material) era um campo de pesquisas bem desenvolvido e as equações que descrevem este tipo de fenômeno já eram conhecidas. Além disso, o fato de a luz apresentar um comportamento ondulatório, isto é, propagar-se como uma onda em um meio elástico (o éter), também era conhecido e aceito pelos físicos da época. Uma das questões discutidas, era saber como seria essa onda e quais as propriedades do éter. Maxwell percebeu que a elasticidade dos vórtices presente em seu modelo mecânico poderia ser útil para relacionar a óptica com o eletromagnetismo. Após obter as equações de movimento do seu sistema de vórtices e partículas, Maxwell dedicou-se a determinar a rapidez de propagação de perturbações através dele na forma de ondas. Essas ondas seriam perturbações elétricas e magnéticas que se propagariam através do éter. São as chamadas “ondas eletromagnéticas”. Considerou ondas transversais
no meio elástico (ondas que se propagam na direção
perpendicular à direção de oscilação)
cuja velocidade v de propagação dependeria da elasticidade
do meio k e de sua densidade m e seria dada por .
De acordo com Maxwell, a constante k é inversamente proporcional
à constante dielétrica e e m é proporcional à
permeabilidade magnética m do meio. Para determinar os coeficientes
de proporcionalidade, Maxwell assumiu que os vórtices seriam esféricos
e que sua elasticidade seria devida a forças entre pares de moléculas
constituintes do meio. Chegou a k = 1/4p²e e m = m/4p². Sendo
assim, a velocidade de propagação da luz em um meio seria
dada por .
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