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Paralelamente
aos esforços de Maria Curie para separar os novos elementos químicos,
Pierre se dedicou a outras pesquisas sobre a radioatividade (especialmente
sobre a natureza e os efeitos das radiações). Embora sempre
mantivessem uma colaboração ativa, algumas vezes publicaram
trabalhos isolados, como em 1903, quando Pierre mediu pela primeira vez,
juntamente com André Laborde, o calor emitido espontaneamente pelo
rádio – a descoberta fundamental da grande quantidade de “energia
atômica” contida na matéria.
Os estudos realizados por Maria e Pierre Curie a partir de 1898 despertaram
a atenção do mundo científico para a existência
de um novo fenômeno, e levaram muitos pesquisadores a se dedicar
ao estudo da radioatividade. Com a descoberta do rádio, os Curie
colocaram à disposição dos pesquisadores uma fonte
de radiação muito mais intensa do que o urânio e o
tório, permitindo novos tipos de estudos – não só
físicos, mas também médicos.
O trabalho do casal Curie foi sendo gradualmente reconhecido, e já
em 1900 eles eram considerados como os mais importantes pesquisadores nessa
área. Em 1903, enfim, Maria Curie defendeu a sua tese de doutoramento
em física na Sorbonne, e foi aprovada com distinção
e louvor. Em dezembro do mesmo ano, o casal Curie recebeu o reconhecimento
internacional pelo seu trabalho, ganhando o prêmio Nobel de física,
pela descoberta do polônio e do rádio (na verdade, meio
prêmio Nobel, pois a outra metade foi concedida a Becquerel, pela
descoberta da radioatividade).
Em 1903 ocorreu, portanto, o coroamento das pesquisas iniciadas em 1898.
Pode-se dizer que, após esse período, a contribuição
científica de Maria Curie foi pequena – muito menor do que no período
já descrito.
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