MICHAEL FARADAY
Michael Faraday

O FIM DA CARREIRA


Michael Faraday
        Essa idéia de unificação das forças da natureza revela traços de suas crenças pessoais, morais e religiosas, e é perseguida ainda hoje por vários cientistas.  Sob o enfoque de sua formação religiosa, em algumas conferências Faraday discutiu sua visão sobre a relação entre seu trabalho científico e sua religião, deixando indícios de como seu trabalho foi influenciado pelos valores que adquiriu desde pequeno dentro da seita cristã dos sandemanianos, onde chegou a exercer por duas vezes o cargo de presbítero.

        A vasta contribuição que deixou à ciência e a forma com a qual buscou o conhecimento da natureza, através de um trabalho experimental marcado pelo incessante aperfeiçoamento dos instrumentos, pela necessidade de partilhar com outros seus conhecimentos, por sua dedicação aos mais jovens, pela amabilidade no tratamento com os colegas, revelam a correção de caráter pela qual foi reconhecido.

        Durante toda sua vida, Faraday nunca se beneficiou industrialmente (ou financeiramente) das aplicações de suas descobertas, tendo se mantido na Royal Institution até o fim de sua carreira. Atendeu chamados para consultoria em diversos trabalhos públicos e por trinta anos foi conselheiro da Trinity House. Sem nunca ter cursado uma universidade, recebeu títulos honorários e homenagens de toda parte do mundo, e ambos, Royal Society e Royal Institution, tentaram persuadi-lo a aceitar a presidência, sem sucesso.

        Seus  cadernos de laboratórios, conhecidos como "diários", foram preservados e publicados, se tornando uma importante fonte de dados sobre seu trabalho. Também sua correspondência foi editada e publicada, sendo que a maior parte das cartas preservadas foram recebidas por Faraday, o que significa que maior quantidade da correspondência ativa (escrita por ele) se perdeu. O estudo dessas publicações, juntamente com as diversas biografias existentes sobre Faraday, permitem maior conhecimento e entendimento da vida e do trabalho desse grande cientista.

         Faraday se aposentou no verão de 1858, cedendo à doença que o debilitara, comprometendo, principalmente, sua memória. Deixando os cômodos que ocupou durante tantas décadas próximo ao laboratório, foi morar em uma casa ofertada gratuitamente pela rainha Vitória, em retribuição pelos serviços que prestou ao bem-estar público. Morreu em 25 de agosto de 1867, em Hampton Court Green e foi enterrado no cemitério Highgate, em Londres.


 
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