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Muitas vacinas novas foram desenvolvidas durante o século XX: contra
difteria, poliomielite, tétano, tuberculose, meningite, etc. No
entanto, em muitos casos de importantes doenças foi impossível
o desenvolvimento de vacinas. A lepra, por exemplo, embora seja uma doença
que pode ser tratada, não dispõe ainda de uma vacina eficaz.
No Índia, onde essa enfermidade é muito mais comum do que
no Brasil, foram desenvolvidas muitas tentativas de vacinas para a lepra,
mas os resultados ainda não foram satisfatórios. Talvez,
nesse caso, se houvesse interesse dos países ricos e dos grandes
laboratórios privados de medicamentos, a vacina já tivesse
sido obtida há muito tempo. No caso da aids, por exemplo, o grande
interesse das nações mais ricas está levando a um
desenvolvimento rápido das pesquisas, em direção a
vacinas que protejam contra a doença.
Em outros casos, apesar de todo interesse, parece de fato impossível
desenvolver uma vacina. É o caso da gripe, que se apresenta de cada
vez com novas características, talvez por causa de mutações
do vírus que a causa. Já foram desenvolvidas muitas vacinas
contra a gripe, mas cada uma só funciona para uma variedade específica
da doença. Isso pode parecer um problema de pequena importância,
pois estamos atualmente acostumados a pensar na gripe como sendo pouco
perigosa. Isso não é verdade. Exatamente por se mostrar de
cada vez sob uma nova forma, a gripe pode ser extremamente perigosa. Em
1918, a chamada "gripe espanhola" se difundiu por todo o mundo, matando
cerca de 30 milhões de pessoas - mais do que a primeira grande guerra
. Não havia e ainda não existe nenhum modo de proteger as
pessoas contra uma ocorrência desse tipo. Se surgir nova forma mortal
de gripe, ela ceifará novamente milhões de vidas. |
Policiais com máscara de tecido para se proteger da epidemia
de gripe, em 1918.
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FRONTEIRAS DA INVESTIGAÇÃO
Houve em nosso século um enorme desenvolvimento de remédios
contra as doenças causadas por microorganismos. Todos os antibióticos
existentes foram descobertos no século XX. Mas como estamos centralizando
nosso estudo na compreensão e prevenção das doenças
transmissíveis (não em sua cura), esse assunto não
será abordado aqui. |
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