Capítulo 10: O Desenvolvimento da Teoria Microbiana das Doenças |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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Quando se pensa que os corpúsculos se parecem muito a esporos de mucedínios, ficaríamos tentados a crer que os alojamentos foram invadidos por um parasita análogo ao da muscardina. Isso seria um erro. Essa poeira estava carregada de corpúsculos porque na criação houve muitos bichos corpusculosos mortos na palha, que apodreceram, secaram, e os corpúsculos de seus cadáveres e de seus dejetos se disseminaram por toda parte.Apesar de não serem microorganismos, esses corpúsculos encontrados na poeira são maléficos, pois Pasteur afirma conterem "elementos tóxicos em um alto grau". Polvilhando as folhas de amoreira que alimentavam os bichos-da-seda com a peira repleta de corpúsculos, havia uma grande mortalidade entre os animais, em poucos dias, embora eles não ficassem cheios de corpúsculos. A "infecção" dos bichos-da-seda, para Pasteur, não se deve nem a problemas com os alimentos, nem a miasmas deletérios no ar, nem a um tipo de cólera, nem a uma epidemia misteriosa. Os restos dos cadáveres e os excrementos dos bichos doentes, cheios de corpúsculos, seriam a causa dessa infecção. Na verdade, a posição de Pasteur nessa época é confusa e até contraditória. Ele admite claramente que os bichos-da-seda podem se tornar doentes durante a criação; fala em infecção e chega a se referia a contágio, mas atribui a infecção a corpúsculos que não se reproduzem, que são apenas tóxicos e que matam rapidamente os bichos sem torná-los corpusculosos. |
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CRONO LOGIA |