Capítulo 10: O Desenvolvimento da Teoria Microbiana das Doenças |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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Dada a natureza "hereditária" da doença, Quatrefages recomenda
que só sejam aproveitados os ovos de bichos sadios, isso é,
sem manchas.
Para reduzir a "influência epidêmica" da enfermidade, Quatrefages recomenda que as criações sejam pequenas e que sejam tomados todos os cuidados higiênicos. Esses cuidados incluiam aquecimento e ventilação adequada das criações de bichos-da-seda, alimentação adequada, cuidados com umidade, etc. No seu trabalho final, publicado em 1860, Quatrefages afirma que "a influência epidêmica pode atingir o embrião em desenvolvimento dentro do próprio ovo". Recomenda, por isso, que os ovos que eram importados de outros países só fossem trazidos para a França na época em que fossem se abrir. Durante algum tempo, a situação da sericicultura parece ter melhorado. No entanto, em 1865 a epidemia é tão grave que os prefeitos e proprietários agrícolas solicitam providências ao Senado. É formada uma nova comissão para o estudo da pebrina. Por influência do químico Jean-Baptiste Dumas, Pasteur é indicado para fazer parte desse trabalho. Louis Pasteur (1822-1895) era um químico. Sua formação nada tinha a ver com Medicina ou História Natural. A única ligação entre seu trabalho e a Biologia, anteriormente, tinha sido seu estudo de microorganismos responsáveis pela fermentação e pela putrefação. Apesar da falta de preparo na área, Pasteur aceita a indicação de Dumas e é enviado à região de Alais, em junho de 1865, para iniciar o estudo da pebrina. O próprio Pasteur reconheceu que, antes de partir, havia estudado apenas os relatórios de Quatrefages sobre a doença. Depois de algumas semanas no campo, Pasteur retorna a Paris e em setembro de 1865 apresenta à Academia de Ciências suas primeiras conclusões. |
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CRONO LOGIA |