Capítulo 7: A Varíola e a Descoberta da Vacinação |
HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS |
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Os médicos ingleses resolveram estudar o método. Em 1725
foram feitos experimentos com criminosos condenados, em Newgate, que se
ofereceram como voluntários, ganhando como prêmio o perdão
real, caso não morressem. Sete foram inoculados pelo método
chinês e seis pelo método turco. Notou-se que cérebro
de um dos prisioneiros do primeiro grupo foi afetado; por isso houve um
preconceito contra o método chinês, que não foi adotado.
Começou-se a fazer inoculações pelo método
turco. O processo foi chamado de "variolação" ou de "inoculação
de bexigas". Não devemos chamar esse processo de "vacinação".
Mais adiante veremos o significado exato da palavra "vacina".
À medida que a notícia se divulgou pelo mundo, muitos começaram a adotar esse processo. No Brasil, um missionário carmelita do Pará leu uma notícia sobre a variolação e resolveu aplicá-la, pois a metade dos seus índios já havia morrido com a enfermidade.Outros missionários seguiram seu exemplo, com bastante sucesso. No caso da varíola natural, observava-se nessa época que uma de cada cinco ou seis doentes acabava morrendo. Em alguns casos, a metade das pessoas doentes morriam. No caso da variolação, havia um certo risco. Estudos publicados em 1727 mostraram que, de 764 pessoas inoculadas, 15 haviam morrido. As vítimas eram geralmente crianças e idosos, que tinham consulsões e morriam. A proporção era muito alta: uma para cada 50 pessoas. Houve também acidentes graves, em Boston, em 1723, por exemplo, onde uma grande parte dos variolados morreu. Qual era a gravidade da enfermidade, nessa época? Em torno de 1700, cerca de 0,5% da população de Londres morria de varíola, a cada ano. Através de estatísticas oficiais, pode-se conhecer a taxa anual de mortalidade por essa doença, em Londres, no final do século XVII:
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CRONO LOGIA |