Anna Carolina – Numa perspectiva institucional
mais ampla com relação à área, você atuou
como presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência
(SBHC). O que, a seu ver, pode contribuir para dinamizar ainda mais o papel
da Sociedade na consolidação da área no Brasil?
Roberto – A Sociedade Brasileira de História
da Ciência tem várias funções importantes. Ela
deve facilitar a interação entre os grupos, pesquisadores
e estudantes da área, através de todos os tipos de canais
de comunicação, como revistas, congressos, boletins, lista
de discussão eletrônica, grupos de trabalho, Internet, etc.
Ela deve contribuir para o crescimento da área, apoiando as iniciativas
dos diversos grupos (projetos de pesquisa, eventos, publicações,
cursos, seminários), organizando novas iniciativas nacionais e regionais,
lutando por maior apoio financeiro, e principalmente procurando estimular
um aumento contínuo do nível das pesquisas, do ensino e das
publicações na área. A exemplo do que foi feito há
mais de dez anos, deveria ser feita uma nova tentativa de estabelecimento
de metas e estratégias gerais para o desenvolvimento da área,
através de reuniões entre pesquisadores representativos de
todo o país. Se existir uma seriedade na pesquisa, produção
de trabalhos de bom nível e uma profissionalização
da área (ou seja, uma queda do amadorismo), a história da
ciência poderá se firmar, crescer e obter mais recursos.
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