Artigo publicado em: ALVES, Isidoro Maria & GARCIA, Elena Moraes (eds.). Anais do VI Seminário de História da Ciência e da Tecnologia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de História da Ciência, 1997, pp. 47-52.
Resumo: Os trabalhos de Antoine Béchamp (1816-1908) constituem
um exemplo relevante do ponto de vista da organização metodológica
para a investigação experimental nos diversos segmentos da
ciência a que ele se dedicou. Discutimos presentemente sua contribuição
para os fundamentos do método bacteriológico, durante suas
pesquisas iniciais (1865-67) acerca da pebrina que então dizimava
as criações de bichos-da-seda. Para Béchamp, desde
o princípio, tratava-se de uma doença de natureza parasitária,
tendo planejado observações e experimentos com o intuito
de testar tal hipótese, por meio de técnicas mecânicas
(lavagem, esmagamento) e químicas (reações, fermentação,
putrefação). Em 1867, sua teoria parasitária para
a pebrina finalmente prevalece sobre a hipótese constitucional de
Pasteur, sem que contudo tenha sido reconhecida a primazia dos estudos
de Béchamp para que tal ocorresse.
Paper published in: ALVES, Isidoro Maria & GARCIA, Elena Moraes (eds.). Anais do VI Seminário de História da Ciência e da Tecnologia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de História da Ciência, 1997, pp. 47-52.
Abstract: Antoine Béchamp’s (1816-1908) works constitute
an important example for the methodological organisation of the experimental
investigation in the different scientific branches he dedicated his efforts.
In the present study we discuss his contribution to the foundation of the
bacteriological method, during his first researches (1865-67) about the
pébrine, which was then destroying the sericulture. According to
Béchamp, since the very beginning, this was a parasitic disease,
as he planned his observations and experiments with the purpose of testing
this hypothesis, by mechanical (washing, squeezing) and chemical (reactions,
fermentation, putrefaction) techniques. In 1867, his parasitic theory for
the pébrine finally prevails over the constitutional hypothesis
of Pasteur, although it has not ever been recognised the precedence of
Béchamp’ studies for this.