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Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências – UNICAMP
Artigo publicado em: Caderno Catarinense de Ensino de Física5: 49-57, 1988.
Resumo: Este artigo procura mostrar, através de um exemplo particular, como a história da física pode contribuir para o esclarecimento conceitual da própria Física. O exemplo estudado é a produção de um campo magnético em torno de um fio percorrido por uma corrente elétrica – um fenômeno descoberto por Ørsted em 1820. O artigo mostra que as propriedades do fenômeno contrariam as noções intuitivas de simetria. Sob o ponto de vista histórico, a simetria anômala do fenômeno dificultou muito sua descoberta, e produziu incredulidade e dificuldades de compreensão, após a descoberta. Utilizando os conceitos de simetria desenvolvidos por Pierre Curie em 1894, são introduzidas as noções de vetor (grandeza polar) e pseudo-vetor (grandeza axial), mostrando-se que o campo elétrico e o magnético possuem diferentes tipos de simetria, e que a representação popular do campo magnético por vetores é problemática, sob o ponto de vista conceitual e didático.
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Paper published in: Caderno Catarinense de Ensino de Física5: 49-57, 1988.
Abstract: The aim of this paper is to exhibit, through a particular case study, how history of physics can contribute to the conceptual elucidation of Physics. The particular example studied in the paper is the production of a magnetic field around a wire carrying an electric current – a phenomenon discovered by Ørsted in 1820. It is shown that the properties of the phenomenon contradict our intuitive concept of symmetry. From the historical point of view, the anomalous symmetry of the phenomenon was a source of difficulty in the very discovery of electromagnetism, and it led to incredulity and difficulties in understanding the phenomenon after it was discovered. By employing symmetry concepts developed by Pierre Curie in 1894, the paper introduces the concepts of vector (polar magnitude) and pseudo-vector (axial magnitude). It is shown that electric and magnetic fields have different types of symmetry, and that the popular representation of the magnetic field as a vector is highly problematic, from the conceptual and didactic points of view.
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