Lilian Al-Chueyr Pereira Martins
Artigo publicado em: Episteme. Filosofia e História das Ciências em Revista (8): 67-88, 1999.
Resumo: Este artigo discute a gênese do pensamento evolucionista do naturalista inglês William Bateson, a partir de seus trabalhos na tradição morfológica, passando por seus estudos sobre a influência das condições ambientais na variação e coleta de fatos que substanciavam a variação até chegar ao estudo baseado nas evidências obtidas a partir de cruzamentos experimentais, antes da "redescoberta" dos trabalhos de Mendel. Será considerado o período compreendido entre o início da década de 1880 até o início da década de 1900. A partir deste estudo conclui-se que Bateson não chegou "a priori" às suas idéias sobre a descontinuidade das variações. Além disso, não era um anti-darwinista e nem anti-selecionista, como é descrito por alguns historiadores da ciência.
Paper published in: Episteme. Filosofia e História das Ciências em Revista (8): 67-88, 1999.
Abstract: This paper discusses the genesis of the evolutionary thought of the English naturalist William Bateson, from his works in the morphological tradition, through his studies concerning the influence of the environment in variation and collecting facts that substantiated variation up to his studies based on evidences provided by experimental crossings, before the "rediscovery" of Mendel's work. It will consider the period from the beginning of the 1880s to the beginning of the 1900s. It is concluded that Bateson did not reach "a priori" his ideas about the discontinuity of variation. Besides that, he was not an anti-Darwinian, nor an anti-selectionist as described by some historians of science.