Capítulo 9: As Fontes de Energia do Universo

O  UNIVERSO

TEORIAS SOBRE SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO

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Claude Pouillet, cientista que mediu, em 1837, o calor emitido pelo sol.
        Para se poder fazer qualquer cálculo, foi preciso, em primeiro lugar, medir o calor que é emitido pelo Sol. Isso foi feito em 1837 por de William Herschel filho e por outro cientista, Claude Pouillet (1790-1868). O método básico que eles utilizaram foi medir o calor recebido, aqui na Terra, por uma superfície negra, que seja atingida perpendicularmente pela luz do Sol. Obteve-se o valor de cerca de 1,76 calorias recebidas por cada centímetro quadrado, em cada minutos. Essa é a energia recebida à distância em que estamos.

        Agora, basta imaginar uma superfície negra gigantesca, envolvendo o Sol completamente por todos os lados, com um raio igual à distância da Terra ao Sol. por minuto, do Sol. É fácil calcular a área dessa superfície e determinar, assim, a energia total que sai do Sol, para todos os lados. Pouillet calculou que, em um ano, o Sol irradia um total de:

2.600.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de calorias, 
 (ou seja, 2,6x1033 cal ou 2,6 decilhões de calorias). Esse valor obtido por Pouillet é muito próximo ao valor aceito atualmente. Como a massa total do Sol é conhecida e vale cerca de:
1.900.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de gramas,
(ou seja, 1,9x1033 g) pode-se calcular que cada grama de matéria do Sol emite, em média, 1,3 calorias por ano.

        O que isso significa? Comparemos com um caso conhecido. Quando 1 grama de água perde 1,3 calorias, sua temperatura diminui 1,3 Celsius. Portanto, se o material do Sol tiver propriedades térmicas semelhantes à da água, e se ele estiver apenas esfriando, sua temperatura média deveria diminuir 1,3 graus por ano.

        É claro que o Sol é muito quente (a temperatura de sua superfície é de cerca de 5.500 graus), e que uma redução de alguns graus não faz diferença nenhuma. Mas vamos continuar. Suponhamos que a redução de temperatura do Sol, por ano, fosse de um grau. Em 4.000 anos, ele teria esfriado 4.000 graus, ou seja, há 4.000 anos ele teria uma temperatura 4.000 graus acima da atual. Isso significa que ele seria muito mais quente do que agora, o que poderia ser perfeitamente sentido, na Terra. Ora, 4.500 anos é a idade das pirâmides mais antigas do Egito. Se, nessa época, o Sol fosse muito mais quente do que hoje em dia, os egípcios não teriam sobrevivido para construir as pirâmides. Certamente a temperatura do Sol não pode ter variado muito nesse tempo.

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