Capítulo 11: Aperfeiçoamento e Dificuldades da Teoria Microbiana

CONTÁGIO

HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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CAPÍTULO 11: APERFEIÇOAMENTO E DIFICULDADES DA TEORIA MICROBIANA


    AS BACTÉRIAS CAUSADORA DE DOENÇAS E OS POSTULADOS DE KOCH
 
         O avanço científico é gradual e recebe contribuições de muitas pessoas que são desconhecidas pela história. Raramente se pode dizer que um indivíduo isolado foi responsável por algum passo significativo. No entanto, há certo consenso de que Robert Koch (1843-1910) foi a pessoa que mais contribuiu para criar uma bacteriologia científica, no século XIX.

         Koch foi um médico que, formando-se em 1866, tornou-se um clínico rural. Em 1871, fixou-se em Wollstein, uma cidade com 2.000 habitantes. No seu tempo vago, Koch realizava estudos em um laboratório que montou em sua própria casa. Ele havia sido aluno de Henle que, como vimos, defendeu na década de 1840 que as doenças contagiosas eram causadas por seres vivos microscópicos. Koch aceitava essa idéia e conhecia os trabalhos que haviam se desenvolvido na década de 1860. Pensava, no entanto, que Pasteur e outros pesquisadores eram muito apressados, tiravam suas conclusões sem o rigor necessário.


Robert Koch trabalhando em seu laboratório.

         Na região em que Koch morava, o antraz era uma enfermidade conhecida. Com um microscópio que comprou, Koch estudou essa enfermidade, repetindo inicialmente alguns passos básicos. Estudou o sangue de animais doentes mortos e sempre encontrou neles os mesmos bacilos. Estudou o sangue de animais sadios e verificou que nunca encontrava esses bacilos.

         Realizou, em seguida, testes de transmissão da enfermidade, com ratos. Fez uma pequena incisão na raiz da cauda dos animais, esfregando um pouco de sangue de antraz na ferida. No dia seguinte, o rato estava morto. O sangue do animal morto estava cheio de bacilos, que pareciam ter se multiplicado. Koch usou o sangue do primeiro rato aplicando-o em um segundo, com o mesmo resultado. Faz uma série de 30 transmissões sucessivas, para se convencer de que o efeito era sempre o mesmo.

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