Capítulo 10: O Desenvolvimento da Teoria Microbiana das Doenças

CONTÁGIO

HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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CAPÍTULO 10: O DESENVOLVIMENTO DA TEORIA MICROBIANA DAS DOENÇAS


    PASTEUR, BÉCHAMP, E AS DOENÇAS DOS BICHOS-DA-SEDA
 

Louis Pasteur.
         Na década de 1860, houve importantes avanços na compreensão do papel de microorganismos em doenças contagiosas. É nessa época que Pasteur desenvolve o seu primeiro estudo que teve relação direta com problemas médicos: a pesquisa da causa da enfermidade dos bichos-da-seda. A quase totalidade dos livros indica que, nessa ocasião, Pasteur iniciou o estudo científico da teoria microbiana das enfermidades. Como veremos, a história não foi bem essa. Pelo contrário: nesse episódio, Pasteur foi um opositor da teoria microbiana . A versão que será apresentada aqui será muito diferente daquilo que se costuma descrever sobre o episódio. Por isso, a investigação da doença dos bichos-da-seda será contada com certo grau de detalhe, a fim de não parecer que estamos falseando a história.

         A criação de bichos-da-seda era de grande importância econômica na França. A produção de casulos para fiação da seda atingiu, em torno de 1850, a mais de 20.000 toneladas por ano. No entanto, a partir de 1853, a produção caiu progressivamente, chegando a apenas 4.000 toneladas em 1865, por causa de uma enfermidade que dizimava as criações. A mesma doença atingiu também, na mesma época, os bichos-da-seda da Itália, Espanha e outros países vizinhos.

         Houve sucessivas tentativas governamentais de debelar a enfermidade. No final da década de 1850, Academia de Ciências de Paris constituiu uma comissão para estudar as causas da morte dos bichos-da-seda e propor meios de prevenção contra a enfermidade. O relator da comissão foi o naturalista Armand de Quatrefages de Bréau (1810-1892).

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