Capítulo 4: Medicina Romana

CONTÁGIO

HISTÓRIA DA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

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CAPÍTULO 4: MEDICINA ROMANA


    OS ROMANOS E OS VENENOS ("VÍRUS")

         O império romano foi o herdeiro da cultura grega. Os romanos não desenvolveram um pensamento muito original, mas há vários aspectos da medicina romana que nos interessam, por sua relação com a transmissão de doenças e com as fases posteriores de nossa história.
 
         Na antiga medicina de Roma, nota-se uma preocupação com venenos, que não existe na medicina grega. Em parte, isso pode se dever ao grande contato dos romanos com a África e com serpentes. Outro possível motivo é a difusão da prática de envenenar os inimigos. Os venenos mais poderosos possuem uma característica estranha, sob o ponto de vista médico: uma pequena quantidade deles é capaz de matar uma pessoa.

         Plínio, chamado "o Velho", em sua grande obra "História Natural" (século I D.C.), fez uma compilação de tudo o que se sabia em sua época sobre animais, vegetais e minerais, descrevendo-os e dando seus uso médicos. Plínio diz que, entre os Romanos, o estudo de remédios só se desenvolveu após a divulgação dos trabalhos do rei Mitridates, de Pontos. Esse rei, segundo vários autores posteriores, foi o primeiro a fazer um estudo sobre antídotos.


Imagem do livro "História Natural", de Plínio "o velho".

        Mitridates, o maior rei de seu tempo, que foi depois vencido por Pompeius, conforme se conta e conforme as evidências, foi um atento investigador dos problemas da vida, superando os que nasceram antes dele. Por seus esforços solitários, ele elaborou um plano de beber veneno diariamente, depois de tomar remédios, para se acostumar a eles e para que se tornassem inócuos. Foi o primeiro a descobrir vários antídotos, um dos quais é conhecido por seu nome. Ele também descobriu a mistura dos antídotos com o sangue dos patos de Pontos, pois eles se alimentam de substâncias venenosas.

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